Sessão na Assembleia Legislativa comemora os 10 anos do Programa Todos pela Alfabetização

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O Programa Todos pela Alfabetização está completando 10 anos. E para comemorar a data, será realizada, nesta sexta-feira (04), às 9h30, uma sessão especial no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia. Nesta década de existência, o Topa já beneficiou mais de 1,5 milhão de pessoas em todo o Estado, graças à parceria do Estado com prefeituras municipais, entidades dos movimentos sociais e sindicais e universidades públicas e institutos de Educação sem fins lucrativos. A sessão foi proposta pela deputada estadual Neusa Cadore, com apoio da Secretaria Estadual de Educação e contará com a presença de estudantes, professores, representantes de movimentos sociais e instituições parceiras.
 
O secretário da Educação do Estado, Walter Pinheiro, destaca a importância do programa. “O Topa é um programa exitoso não apenas pela sua capilaridade, com mais de 1,5 milhão de pessoas beneficiadas em todo o estado, como também pela sua metodologia, a partir de parcerias estratégicas”, ressaltou.  Pinheiro destaca ainda que a Secretaria vem estimulando ainda mais o envolvimento dos formadores do programa. “O envolvimento dos formadores, a contribuição deles e a prática ao longo de todos esses anos vão contribuir muito para aprimorar cada vez mais este programa”, disse.
 
Pelo alcance social, o Topa já conquistou o Prêmio Darcy Ribeiro, concedido anualmente pela Comissão de Educação e Cultura e a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, para reconhecer instituições ou entidades cujos trabalhos ou ações merecem destaque na defesa e promoção da Educação no Brasil. O programa na Bahia também já conquistou a Medalha Paulo Freire, concedido pelo Ministério da Educação em reconhecimento a experiências exitosas na Educação de jovens e adultos no Brasil.
 
A eficácia e o alcance social do programa também foram atestados pelo Instituto Paulo Freire. Para o presidente do Instituto, Moacir Gadotti, mais do que elevar a escolaridade, aprender a ler e a escrever impacta diretamente na elevação da autoestima e na melhoria da qualidade de vida dos alfabetizados pelo Topa. “A partir de testes cognitivos aplicados, constatamos que o programa contribui para que as pessoas empobrecidas que não tiveram a oportunidade de serem alfabetizadas na idade certa tenham tido a sua autoestima aumentada e não mais se sintam sozinhas no mundo, porque são acolhidas por um coletivo”, relata Gadotti.
 
Desta forma, o Topa tem contribuído para mudar a vida de muitos baianos. É o caso de Reinaldo Silva, morador do município de Ipiaú, que, somente aos 35 anos, aprendeu a ler e a escrever. “Escrevi devagarzinho, com a cabeça baixa e tome lápis pra dentro. Fui olhando as letras, dividindo, soletrando e lendo os nomes”, fala feliz ao descrever o seu encontro com o mundo da escrita.
 
Dona Aflordilma Souza da Silva, 49 anos, é outra alfabetizada do Topa. Ela destaca o incentivo e o compromisso dos educadores do Topa que a ajudaram no processo de alfabetização. “A minha professora sempre ia na minha casa me incentivando, aí eu decidi ir para o Topa. Realmente gostei, estou aprendendo a ler e escrever e já estou lendo bem. A pró ensina muito bem, e por isso a gente procura caprichar”, revela orgulhosa.
 
Na 10ª etapa do programa, cujas aulas começam na segunda-feira (07), foram ofertadas 15 mil vagas, em 112 municípios. 

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