Secretaria da Educação debate curso de Educação Inclusiva em aldeias indígenas

A Secretaria da Educação do Estado da Bahia, em parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai), vai elaborar um diagnóstico para mapear as necessidades educacionais das aldeias indígenas, e, a partir dos resultados encontrados, formatar um curso presencial voltado à educação inclusiva. A decisão foi tomada durante o III Fórum de Educação Inclusiva dos Povos Indígenas da Bahia (Feipib), realizado na aldeia Tupinambá, no município de Olivença, entre os dias 3 e 5 de setembro. O evento teve o objetivo de construir uma política que atenda às necessidades dos estudantes da educação especial presentes nas escolas indígenas.
 
Cerca de 300 docentes indígenas, de 22 etnias da Bahia, participaram do encontro promovido pela Coordenação de Educação Especial e Coordenação de Educação Escolar Indígena, da Secretaria da Educação. “Os índios pediam para ser realizado um evento na tribo. A Secretaria entendeu as necessidades no ambiente deles. Desta forma, é possível fazer uma inclusão contemplando a necessidade regional”, afirmou Patrícia Silva de Jesus, coordenadora de Educação Especial.
 
Durante os três dias de evento, os índios participaram de atividades como minicursos de audiodescrição, Língua Brasileiras de Sinais e Braille, iniciativa que permite o primeiro contato com as tecnologias voltadas para a acessibilidade e inclusão das pessoas com deficiência. “O curso foi um importante passo para trabalhar uma educação inclusiva com as crianças especiais de nossas aldeias”, concluiu o educador e coordenador da educação indígena da Diretoria Regional de Educação de Valença (Direc 6), Leonardo Gonçalves de Jesus.
 
Educação Indígena – O Governo do Estado, atendendo a reivindicações dos povos indígenas, realizou, em janeiro de 2014, o primeiro concurso com carreira específica para professor indígena, com 390 vagas. Com isso, foi consolidada a política de educação, conforme previsto na Lei Estadual nº 18.629/2010, por meio da qual institui-se a carreira do professor indígena no quadro do Magistério Público do Estado da Bahia.

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