Secretaria certifica autores de livros de literatura infantil

O secretário da Educação do Estado da Bahia, Osvaldo Barreto, recebeu nesta terça-feira (26/04), na sede da Secretaria da Educação, no Centro Administrativo, os vencedores do 2º edital de literatura infantil de autores baianos para entrega de certificados. A seleção de novas publicações de autores baianos foi um compromisso assumido pelo secretário, na Bienal do Livro, em 2015. Estas obras serão utilizadas no processo de alfabetização, com letramento, das crianças com até oito anos de idade das redes estadual e municipais da Bahia, como determina o programa Educar para Transformar.
 
Fotos: Claudionor Jr. Ascom/Educação
“Esse é um momento importante para nós, pois se trata de uma política importante da Secretaria da Educação do Estado. É um projeto do qual me orgulho muito, de maior envergadura na valorização da literatura no nosso Estado”, destaca o secretário Osvaldo Barreto, acrescentando a importância destas obras para a educação infantil. “Esses livros vão alcançar mais de 500 mil crianças, dando-lhes o direito de sonhar através da literatura, de se verem retratadas nas histórias. Queremos romper, com qualidade, o analfabetismo na mais tenra idade”, ratifica.
 
Ao todo, 882 mil exemplares dos livros infantis serão distribuídos em 416 municípios parceiros do programa Educar para Transformar. A autora do livro ‘Conto E Reconto: Casos e Contos, Elionária de Araújo, parabenizou a iniciativa, “este programa trouxe um frescor para a educação infantil”, disse, reconhecendo a importância desses livros infantis para as crianças do interior. “Meu livro foi inspirado em causos que minha mãe contava, da minha vivência no interior. É uma forma de valorizar essa experiência”.
 
Morador da comunidade quilombola, Quilombo, localizada no município de São Félix, João Paulo Pinto do Carmo, autor de ‘Cachos de Dendê – A história de uma menina chamada Felipa’, retratou na obra a cultura local no tratamento estético dos cabelos com um óleo extraído do dendê. “Foi uma forma que encontrei de responder ao meu sobrinho, de 4 anos, questionamentos sobre os diversos tipos de cabelo. O livro é um meio de afirmação estética para as meninas”, explica João que também fez a ilustração do livro.
 
Fotos: Claudionor Jr. Ascom/Educação
Homenagem – A obra ‘Malica e a canga’, da autora Clarissa Bittencourt de Pinho e Braga, falecida há um mês, foi lida durante a cerimônia de certificação. “Este livro é a representação do ideal dela. É uma forma de eternizar tudo o que ela representou em vida. Um presente para as crianças. Malica (a personagem do livro) representa o uso da criatividade, como uma forma de coexistir na sociedade”, diz o viúvo, Vlamir Marques.
 
Edital – O edital de Literatura Infantil de autores baianos é uma parceria da Secretaria da Educação do Estado da Bahia com a Secretaria de Cultura do Estado. Cada vencedor receberá o prêmio de R$ 10 mil. Os títulos selecionados são referenciados na realidade da Bahia, com linguagem e ilustrações, que criam nas crianças uma identificação, e contribuem para o processo de ensino e de aprendizagem. A previsão é que os livros sejam distribuídos no Ano Letivo 2017.
 
 
 
Leia alguns depoimentos dos autores baianos :

 

Saulo Matias Dourado (Cada nome é uma Estrela) – “Na literatura infantil tenho uma liberdade maior de brincar com as palavras. Para mim é fascinante, uma felicidade dupla, estar na escola e contribuindo”

 
 
 
 
 
 

 

Bruna Roberta Velame Moraes (Quita em grande estilo) – “Acredito que a moda influencia as crianças, mexe com a sua autoestima. E este livro tem o papel transformador para as meninas de se valorizarem como negras, de valorizarem seus cabelos, é uma forma de se reconhecerem”.

 
 
 
 
 

 

Eduardo Oliveira Miranda (Ariele e os encantos do Ijexá) - “O livro é uma forma de contribuir para a valorização da autoestima da criança negra e afrobrasileira”

 
 
 
 
 

 

Juliana Silva Santos (O peixe, o pássaro e o segredo do sol) – “Fiquei feliz ao saber que as obras vão chegar às crianças. Isso faz eu me sentir com cada uma delas. Acredito que a literatura está para além da alfabetização, ela é parte da humanização do ser humano”

 
 
 
 

 

Danilo Sérgio Campos (Alvinho) - “A arte precisa trabalhar em prol da educação. É uma forma de atrair as crianças e envolvê-las na educação e no ensino”.

 

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