Professores da rede estadual inicia segunda etapa de formação do Projeto Pacto pelo Fortalecimento do Ensino Médio

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Melhorar a qualidade do ensino médio na rede estadual de educação da Bahia, vislumbrando a formação integral do estudante. Com esse objetivo, 49 professores formadores regionais participam, até esta sexta-feira (3/10), em Salvador, de um processo de formação por meio do projeto Pacto pelo Fortalecimento do Ensino Médio, do Ministério da Educação (MEC). A capacitação está em sua segunda etapa e é promovida pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia, em parceria com a Universidade Federal da Bahia (Ufba) e a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).
 
De acordo com a coordenadora do Comitê Executivo do Pacto pelo Fortalecimento do Ensino Médio na Secretaria da Educação, Valuza Saraiva, a formação dos professores acontece em um processo de ações encadeadas. “Os professores formadores regionais atuam como multiplicadores. Eles são os responsáveis pela capacitação de cerca de mil professores orientadores de estudos e estes, por sua vez, fazem a formação de aproximadamente 19 mil professores cursistas, em atuação no ensino médio”. A formação dos cursistas acontece na própria unidade escolar, durante as atividades de planejamento desses professores, em um processo colaborativo.

Fotos: Roberta Rodrigues/ IAT Comunicação

“Essas ações visam à consolidação de um Projeto Político-Pedagógico que possibilita trabalhar o currículo escolar a partir do perfil do estudante, ou seja, quem é esse aluno, qual é a história dele e o que podemos fazer para que ele aproveite ao máximo a sua experiência de aprendizagem”, explicou Valuza Saraiva. Questões desse tipo e discussões sobre os conceitos de juventude, as especificidades da escola e da comunidade escolar foram os pontos abordados na primeira etapa da formação. “Entendemos que pensando o perfil do estudante, nós repensamos também as nossas práticas pedagógicas”, acrescentou a coordenadora.
 
Formação – Já nesta segunda etapa da formação, os professores estão discutindo as áreas do conhecimento – linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas – e o diálogo entre essas áreas. A proposta é pensar a área e a conexão com a disciplina, fortalecendo o processo interdisciplinar. “É uma oportunidade de reunir professores de todas as áreas para dialogar com todas as disciplinas, compreendendo-as de forma sistêmica, porque uma disciplina não está isolada da outra”, declarou o coordenador adjunto do Pacto, pela Ufba, Roberto Machado.
 
Os cadernos trabalhados nesta etapa discutem o planejamento do trabalho do professor, a avaliação da aprendizagem e avaliação externa. Nesse momento, as atividades envolvem o planejamento do professor individual e coletivamente, estimulando relações com outros projetos estruturantes desenvolvidos pela Secretaria da Educação, fomentando a melhoria da proficiência dos estudantes.
 
O resultado – Segundo a professora formadora Angélica Moura, responsável pela Diretoria Regional de Educação (Direc 1B), que abrange Salvador e Região Metropolitana, o resultado do processo de formação já pode ser sentido no comportamento dos alunos. “Em algumas escolas, os estudantes já começam a promover seminários coordenados por eles mesmos. Os estudantes fazem o levantamento dos temas, pesquisam, convidam especialistas e organizam todas as etapas do processo. O resultado disso tem sido muito positivo. Os alunos se empoderam do conhecimento e vão além das nossas expectativas”.
 
Para a formadora da Direc 15 (Juazeiro), Socorro Siqueira, a capacitação exerce um impacto positivo na escola. “O que eu sinto são as pessoas mais motivadas, e isso tem um efeito que reverbera na sala de aula do ensino médio e até do ensino fundamental”, contou a professora.  “A Bahia está muito avançada na implementação do Pacto, e avaliamos que um dos fatores responsáveis por essa situação são as relações de proximidade que estabelecemos. Trabalhamos numa rede colaborativa, com um alinhamento muito forte entre a Secretaria da Educação, a Universidade, as escolas e os professores”, concluiu o coordenador adjunto do Pacto, pela Ufba, Roberto Machado.

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