Movimentos sociais e sindicais são parceiros do Governo para alfabetizar 98 mil baianos

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Foto: Geraldo Carvalho - Ascom/Educação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mais de 350 lideranças de movimentos sociais e sindicais de todos os Territórios de Identidade do Estado discutem o Todos pela Alfabetização (Topa) – programa do Governo da Bahia que já alfabetizou 1,3 milhão de baianos desde 2007.  “O desafio agora é continuar alfabetizando aqueles que, historicamente, foram excluídos do processo educacional, como as comunidades quilombolas e o povo cigano”, afirmou Elenir Alves, coordenadora do Topa, na Secretaria da Educação do Estado, ao final do VII Encontro Estadual Escuta Aberta, em Salvador, nesta quarta-feira (28/10). Ela ressaltou, ainda, a parceria das prefeituras e dos movimentos sociais e sindicais “para assegurar a alfabetização, nesta 8ª etapa, de 98 mil pessoas que estão nas salas de aula do Topa, em toda a Bahia”.

 

“A maioria dos alfabetizandos é de ribeirinhas, incluindo 60 idosas da Associação”, Cleonice Alves
 

A vice-presidente da Associação Melhor Idade, em Xique-Xique, Cleonice Alves dos Santos, contou a experiência que o Topa vem realizando no município, onde, este ano, estão sendo alfabetizadas 292 alunos, distribuídos em 28 turmas, sendo a maioria na zona rural. “A maioria dos alfabetizandos é de ribeirinhas, incluindo 60 idosas da Associação”, conta Cleonice. Idosas como a Dona Maria, que costumava ir ao banco e a sua assinatura era a impressão digital carimbada. “Um certo dia, o bancário, que já estava acostumado a atendê-la, deu-lhe a esponja para ela carimbar o polegar. Em alto e bom som, ela falou: quem disse que eu preciso mais disso? Eu vou escrever o meu nome. Vou demorar um pouco porque acabei de aprender, mas a partir de hoje não preciso mais sujar o dedo”, reproduziu Cleonice a história da idosa de quase 80 anos.

 

 

"O Topa é tudo para essas pessoas, porque enriqueceu a vida delas", Neuza Moraes


Outro exemplo de mudança, através do Topa, foi contado pela tesoureira da Associação Urandiense dos Portadores de Necessidades Especiais, Neuza Moraes. Ela revelou que a sua própria família, que tem seis membros com deficiência visual, incluindo ela própria, já foram beneficiados pelo programa, no município de Urandi. “Aderimos ao Topa há três anos e, este ano, estamos atendemos a 150 alunos, todos com deficiências visual, auditiva e de fala. O Topa é tudo para essas pessoas, porque enriqueceu a vida delas, deu um novo horizonte, inclusive aos meus pais e irmãos, que foram alfabetizados, também, pelo Topa, primeiramente através do Braille e, depois, pela escrita com a caneta. Só temos a agradecer pelo que este programa tem feito pela nossa população”, disse, emocionada.

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