Estudantes e professores participam de ação voltada para a conservação da Caatinga no Semiárido baiano

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Gestores, professores e estudantes dos Centros Estaduais de Educação Profissional (CEEP) e dos Centros Territoriais de Educação Profissional (CETEP) estão participando do Seminário Estadual de Recaatigamento, que teve início nesta quinta-feira (17), no auditório da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), no campus de Senhor do Bonfim. O evento, que prossegue até sexta (18), reúne, ainda, agricultores familiares, dirigentes de ONGs, representantes de movimentos sociais e sindicais, pesquisadores e comunidade escolar de instituições federais, entre outros. A ação, desenvolvida pela Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado (SDR), tem o objetivo de promover um intercâmbio de informações e construir agendas e estratégias para desenvolver ações de recaatingamento no Semiárido baiano.

O superintendente de Educação Profissional e Tecnológica do Estado, Durval Libânio Netto, disse que a Secretaria da Educação tem uma parceria com a SDR, que inclui a formação e qualificação profissional de agricultores familiares, e destaca a importância de mais esta atividade com estudante e professores do Território. “O envolvimento da comunidade escolar nestas ações é fundamental para a formação técnica e cidadã dos nossos estudantes, bem como para a integração com a comunidade e suas demandas, neste caso em especial, na área socioambiental”, afirmou.
 
A diretora do CETEP do Piemonte do Paraguaçu 2, em Mundo Novo (a 305 km de Salvador), Juliana Leal, ressalta as expectativas de levar para a unidade valiosos conhecimentos relacionados à caatinga, um bioma exclusivamente brasileiro que ocupa cerca de 11% de todo o território nacional. “Como geógrafa de formação, sempre me incomodei com o fato de há muito tempo convivemos com a ideia de que o atraso no Nordeste se deve à seca. No entanto, já está provado que o que impediu o nosso avanço no passado foi a falta de políticas públicas para um melhor convívio com esse bioma e de valorização da Agricultura Familiar. Este seminário nos enche de expectativas para buscar novas alternativas, uma nova cultura, um novo olhar para a caatinga. Quero multiplicar os conhecimentos que obtiver aqui entre os nossos estudantes e professores”. 
 
O coordenador executivo de Pesquisa, Inovação e Extensão Tecnológica (CEPEX) da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado, José Tosato, fala sobre a importância da aproximação entre a escola, no caso os centros de educação profissional, e a Agricultura Familiar. “Todos nós temos que fazer esforços para encurtar as distâncias. A CEPEX está dialogando com agricultores familiares, representantes de movimentos sociais e sindicais, pesquisadores, educadores para que eles possam demandar conteúdos para a formação dos estudantes em sala de aula em seus cursos técnicos, de graduação ou de extensão. Daí a importância desse nosso engajamento visando a conservação e o uso sustentável da caatinga, que é o nosso foco”.
 
Recaatingamento – Dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA) apontam que, nos últimos anos o desmatamento da caatinga está ocorrendo de forma acelerada, estando com apenas a metade de sua cobertura vegetal original. Daí, ressalta José Tosato, a necessidade urgente de contribuições permanentes para inverter a desertificação do bioma, visando a sua restauração e uso sustentável. “Entretanto, as ações não podem se limitar ao replantio de espécies nativas, às suas funções ecológicas e ao seu uso forrageiro, madeireiro, fitoterápico e ornamental. Precisamos fortalecer e integrar capacidades de produção de forma sustentável, em plena convivência com o Semiárido”.  

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