Estudantes de Ilhéus aprendem a empreender com aulas na cozinha

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cerca de 40 estudantes do Colégio Estadual Fábio Araripe Goulart, em Ilhéus, Região Sul da Bahia (a 446 km de Salvador), colocaram literalmente a mão na massa para aprender fundamentos do empreendedorismo. Com os componentes curriculares das disciplinas de Práticas Integradoras e Iniciação Científica, os alunos aprenderam na cozinha da escola a preparar bolinhos de sonhos, sempre atentos a todos os processos químicos e físicos ligados à produção do alimento. O processo envolve, ainda, a elaboração do plano de negócios para viabilizar a venda e a distribuição dos produtos aos interessados em ter um complemento na renda familiar.
 
A professora Adeline Gomes, que, juntamente com a professora Sônia Lopes, desenvolveu o projeto, destacou como surgiu a ideia de aliar a prática das disciplinas ao empreendedorismo. “Dentro do Programa de Educação Integral (ProEI) decidimos realizar uma atividade que pudesse proporcionar ao estudante a empreender, já o preparando para o mundo do trabalho. Junto a isso, poderíamos trabalhar assuntos direcionados a diversas outras matérias aprendidas na teoria dentro da sala de aula, aliando isso à criação de um plano de negócios através do qual os estudantes fazem todo o levantamento para a comercialização. Com isso, pretendemos continuar a realizar essas atividades trazendo a produção de outros produtos, como a broa que tem um ótimo mercado no nosso município”, explicou.
 
A estudante do 2º ano, Ana Caroline Rocha, 16 anos, contou sobre a experiência da atividade para os alunos. “É muito interessante, porque é uma forma inovadora e diferente para a gente aprender. Essa oportunidade está mostrando um pouco das alternativas que temos para empreender sem precisar de muito gasto. Já estamos pensando em trabalhar na produção destes alimentos para vender e arrecadar um dinheiro para a formatura do Ensino Médio. Vai ser bom fazermos isso de forma coletiva”, ressaltou.
 
Segundo o estudante do 2º ano, Kailã Souza, 20, a expectativa é que o aprendizado ajude futuramente na renda familiar. “Eu já tinha interesse por essa área, porque gosto de cozinhar. Mas o projeto ajuda em todos os aspectos, que vão desde avaliar o custo de produção até o retorno financeiro que podemos ter com a atividade. E não posso deixar de dizer que aprender dessa forma é muito mais divertido e motivador para frequentar a escola e as aulas”, afirmou.

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