Artigo: Todos pela escola

Por: Osvaldo Barreto

A promoção da educação pública de qualidade está na pauta do dia no Brasil. Na Bahia o desafio é ainda maior. Os números falam e denunciam. Em 2007, o Estado tinha dois milhões de analfabetos, um dos mais baixos Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), metade da rede física das escolas em situação deplorável e mais de sete mil servidores das escolas pagos pelas prefeituras. Não existia um sistema estruturado de educação.

O governo Wagner assumiu efetivamente a rede de educação estadual e começou a alterar essa situação. As 1.544 escolas passaram a ter o mesmo tratamento, com recuperação da rede física e mais investimentos para o ensino básico. Estabeleceu-se como prioridade reduzir o analfabetismo, ampliar a educação profissional, atendendo também aos jovens da zona rural, que agora contam com escolas em suas localidades e com o projeto de Ensino Médio com Intermediação Tecnológica, que está revolucionando a educação no campo da Bahia.

A democratização chegou às escolas, com a eleição de diretores, renovação dos colegiados escolares e com o incentivo à criação dos grêmios estudantis. Os professores estão sendo valorizados, com programas de formação, aumento salarial acima da inflação e a implantação do plano de carreira do magistério. O Programa de Apoio aos Municípios já atende a 410 prefeituras e a parceria para transporte escolar foi ampliada quatro vezes mais.

O efeito dessas ações é visível em toda a rede e nos indicadores do Ideb de 2009: a Bahia alcançou as metas estabelecidas pelo MEC para 2011 e 2013. Com o Topa, a Bahia tornou-se campeã de alfabetização.

A educação profissional saltou de quatro mil para mais de 40 mil vagas. Esses resultados alegram a todos que fazemos a educação pública na Bahia, mas não nos satisfaz, pois sabemos que o desafio persiste.

Nesse sentido é que estamos articulando uma grande mobilização da sociedade baiana e um pacto com os municípios para garantir que, até 2014, todas as crianças de nosso estado estejam alfabetizadas até os oito anos de idade. Esse projeto terá como foco principal um pacto com os municípios.

Estamos também organizando a rede estadual para ampliar o tempo de permanência do estudante na escola por meio do programa Mais Educação, passando de 398 para 1000 escolas. Vamos instalar os Centros Juvenis de Ciência Cultura na capital e interior, proposta pedagógica inspirada nas ideias do educador baiano Anísio Teixeira, para levar o jovem a sonhar com a ciência, com a cultura e coma construção de um projeto de cidadania.

Fonte: jornal A Tarde

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