Estudantes de Agropecuária do CETEP da Bacia do Rio Corrente implantam Campo Agrostológico

Os estudantes do curso técnico de nível médio em Agropecuária do Centro Territorial de Educação Profissional (CETEP) da Bacia do Rio Corrente, no município Santa Maria da Vitória, na região do Extremo Sul Baiano, estão à frente da criação do Campo Agrostológico. Trata-se de um espaço de estudo e experimentação voltado para a nutrição animal, implantado na área produtiva da própria unidade escolar da rede estadual. No local, os alunos envolvidos no projeto cultivaram 24 diferentes espécies, entre gramíneas e leguminosas. Depois de sete meses, a culminância do trabalho foi apresentada, com a presença de autoridades municipais, técnicos da área e comunidade em geral. 
 
Participaram da implantação do Campo Agrostológico cerca de 60 estudantes dos 1º, 3º e 4º anos do curso técnico de Agropecuária, além de 22 alunos do Colégio Estadual Waldir Araújo Castro, localizado em São Félix, ligados à modalidade MedioTec. Vitor Soares de Souza, 18, que acaba de concluir o curso no CETEP, fala sobre a importância de ter participado do projeto. “Foi uma experiência inovadora, porque nos trouxe muitos conhecimentos práticos, consolidando a teoria que tínhamos aprendido em sala de aula. E o mais interessante é que vamos poder ajudar os produtores da nossa região levando o que aprendemos para eles”.
 
A estudante Marilene da Silva também destaca a experiência como positiva pela sua importância econômica e social. “Começamos essa prática em abril e, nesse período, fizemos levantamentos teóricos e práticos para apresentarmos para a sociedade. Nosso objetivo é que o trabalho sirva como assistência técnica para produtores e o agronegócio da região”, disse.
 
O professor idealizador do Campo Agrostológico, Alânderson Martins, afirma que a implantação do Campo Agrostológico do CETEP da Bacia do Rio Corrente foi importante no desenvolvimento didático para a formação profissional dos estudantes. “A ação possibilitou que os alunos vivenciassem o conhecimento estudado em sala de aula, acompanhando de perto as características de manejo de diferentes plantas forrageiras, seu comportamento e seu desenvolvimento em nível de campo”, detalha.
 
Outro fator relevante, completa o educador, está relacionado à cadeia produtiva da bovinocultura na Bacia do Rio Corrente. “Sendo a criação de gado uma das principais fontes de renda da região, o espaço dá acesso ao conhecimento das diferentes espécies cultivadas, bem como permite observar o comportamento e desenvolvimento de cada uma e, assim, ajudar o produtor na tomada de decisão quanto à seleção da forrageira a ser cultivada em sua propriedade”, relata.
 
Sobre a Agrostologia – É o ramo da botânica que estuda as gramíneas e, em um sentido amplo, das plantas forrageiras. A ciência visa o correto uso do solo para o plantio de espécies forrageiras destinadas ao consumo animal, a fertilidade e a adaptação dessas plantas e seus teores nutritivos.

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