Educação Profissional forma 32 novos aquicultores em Santo Amaro

Até pouco tempo atrás, Elaine Teixeira Nery dos Santos, 22, sequer sabia o significado de aquicultura. Hoje, ela integra o grupo de 32 estudantes que foram certificados pela Secretaria da Educação do Estado, em parceria com a Bahia Pesca, e vê na conquista motivo de esperança em um futuro melhor.   A cerimônia de formatura dos alunos do curso técnico de nível médio em Aquicultura, do anexo do Centro Estadual da Educação Profissional (CEEP) em Turismo do Leste Baiano, em Santo Amaro, no Recôncavo Baiano, foi realizada na quarta-feira (19), na Fazenda Oruabo.
 
O curso foi na modalidade de alternância – os alunos ficavam 15 dias na Fazenda e depois iam aplicar o conhecimento em suas comunidades. “A vivência prática foi um diferencial na formação desses alunos. Noventa porcento deles são pescadores, marisqueiros e filhos de pescadores”, contou Hans Werner Boness, vice-diretor do anexo do CEEP.
 
Ele destacou, ainda, que o curso dialogou com o Território de Identidade da região do Recôncavo, que tem vocação pesqueira, e que isso motivava os estudantes. Para Boness, outro ponto positivo foi o desenvolvimento de ações de educação ambiental que envolveram a comunidade.
 
Depois da experiência, Michel Pamponeti da Silva, 27, ficou estimulado a transformar a realidade na comunidade onde vive, em Santaluz. “Gostaria muito de poder levar esse conhecimento para minha região, que é muito seca. As pessoas vivem da agricultura e poderíamos aproveitar melhor a água do subsolo para a aquicultura”, ressaltou.
 
A experiência também foi muito produtiva para Carlos Eduardo Ferreira, 32, que, além de ser aluno, se tornou supervisor de projetos. “Consegui me profissionalizar para ajudar a minha família e também realizar meus sonhos. Os professores e toda a equipe pedagógica foram fundamentais para que muitos permanecessem no curso.” Já atuando na área, ele pretende aproveitar todos os conhecimentos no seu dia a dia profissional e acredita que a formação pode abrir ainda mais portas.
 
A jovem Elaine, citada no começo deste texto, também compartilhou mais detalhes sobre o que tem vivido desde o início do curso. “Pude perceber como a aquicultura é importante. Foi através desse curso que ingressei na faculdade e isso me ajudou muito, já cheguei com uma base boa”. Entre os pontos positivos da formação, destacou a oportunidade de aliar teoria e prática, numa dinâmica de aprender fazendo. 

Notícias Relacionadas